sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Lançamento: Honda New Fit

O Fit sempre foi um excelente modelo, mas tinha um “problema”: era considerado “carro de mulher”. Apesar da resistência da Honda em fornecer dados oficiais sobre a porcentagem de vendas para o público feminino, estima-se que essa divisão fique entre 55% e 60%, conforme revelou uma pesquisa realizada por um site de vendas de automóveis – o monovolume lançado em abril de 2003 foi considerado o 3º mais desejado pelas garotas, atrás de Fiat Idea e Citroën C3.

Mas a nova geração, que será apresentada no Salão do Automóvel de São Paulo a partir da próxima quinta-feira (30), quer acabar com esse estigma: para isso, o “New Fit”, nome dado pela montadora ao carro, está maior, mais potente e encorpado. E o melhor: qualidades para abrir o leque de compradores não faltam à novidade feita em Sumaré, no interior de São Paulo.

Para começar, ele tem 7 cm a mais de comprimento, 2 cm extras de largura e 1 cm de vantagem na altura. O entreeixos tem 2,50 m contra 2,45 m da geração anterior, uma evolução de bons 5 cm. Isso resultou em uma cabine visivelmente maior, principalmente para quem vai atrás (três adultos andam numa boa, sem bater a cabeça no teto).

Na hora de assumir o volante, as boas notícias continuam – a direção, aliás, é idêntica à do Fit. A principal delas diz respeito aos motores, que ficaram mais potentes: o 1.4 l, antes com 8 válvulas, passa agora a ter 16 válvulas. O bloco também traz a última geração do controle eletrônico de sincronização e abertura de válvulas, chamado de i-VTEC .
Graças a isso, o propulsor passou de 83 cv a 5 700 rpm para 101 cv a 6 000 rpm com 100% de álcool no tanque. Com gasolina, o número salta de 80 cv para 100 cv nas mesmas rotações. O torque também evoluiu: foi de 12,1 kgfm a 2 800 rpm para 13,0 kgfm a altos 4 800 rpm com o primeiro combustível e de 11,8 kgfm para os mesmos 13,0 kgfm em giros idênticos com petróleo. “A potência veio basicamente das mudanças no cabeçote, já que a cilindrada é a mesma”, confirma Alfredo Guedes, engenheiro da Honda. O resultado é um carro bem mais esperto e apto a andar com dois ou três passageiros sem sofrer tanto, como acontecia na geração anterior.

Depois da boa impressão deixada pelo 1.4 l, fomos conferir como anda o novo 1.5 l. Agora flex, ele evoluiu de 105 cv a 5 800 rpm para 116 cv a 6 000 rpm e também traz o i-VTEC – o sistema já existia no antigo 1.5 l, mas em uma especificação menos avançada. O torque saltou de 14,2 kgfm a 4 800 rpm para 14,8 kgfm na mesma rotação.

Num primeiro momento, os 15 cv a mais em relação ao 1.4 l podem não fazer tanta diferença, mas o 1,8 kgfm de torque extra aparece e ajuda bem quando se encara a primeira subida. Ambos propulsores ganharam acelerador eletrônico. Com centro de gravidade um pouco mais baixo, o Fit manteve a excelente dirigilidade de antes. Se você quer os preços para saber se o investimento vale a pena, terá de esperar mais um pouco, já que a Honda deve divulgá-los apenas no Salão do Automóvel. Atualmente, a versão 1.4 l começa em R$ 47 320 e a 1.5 l parte de R$ 54 025. Ainda não se sabe se os valores terão reajuste, mas tudo indica que eles subam algo em torno de 5% a 10%.

Acabamento e visual

Mesmo com um design completamente novo, o Fit conseguiu manter a identidade da geração anterior com muita fidelidade. Há quem veja nele traços dos Mercedes-Benz Classe A e B (principalmente nas laterais), e os mais exigentes chegam a enxergar uma traseira de Ford Ka, mas o fato é que, de longe, percebe-se que estamos diante do monovolume da Honda.

O pára-brisa está mais inclinado que antes, o que dá um aspecto mais “fluido” ao modelo, o capô traz dois vincos que ressaltam a parte central e o farol está bem maior. Um Fit com muito mais presença, sem dúvida

O acabamento, porém, pode causar estranhamento em quem tem um modelo 2008 e pretende trocá-lo pelo 2009. Apesar do bom gosto no desenho interno, do encaixe bem-feito das peças e da ausência de rebarbas, a qualidade do material parecer ter caído, em especial na parte superior do painel e no revestimento das portas. Até aqui, o único ponto negativo da nova geração.

Nova versão e equipamentos

O Fit era oferecido em três versões, que continuam agora: 1.4 LX, 1.4 LXL e 1.5 EX. Com elas, conviverá a nova 1.5 EXL. Todas podem vir com câmbio manual ou automático de 5 velocidades, mas a EXL traz o chamado Paddle Shift, que permite trocar as marchas por meio de “borboletas” no volante. O CVT (Continuously Variable Transmission, ou transmissão continuamente variável), aliás, foi aposentado por não se dar bem com a tecnologia flex. Agora, apenas essa caixa estará disponível.

Na opção de entrada, o modelo traz trio elétrico, ar-condicionado, direção elétrica, airbag duplo e direção com regulagem de altura e profundidade. A LXL incorpora freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuidor da força de frenagem) e CD player compatível com MP3. As rodas da LX e da LXL têm 15".

Na primeira versão com motor 1.5 l, a EX, há rodas de 16", pisca alerta nos retrovisores, volante revestido de couro com comandos do rádio e do controlador de velocidade de cruzeiro (também disponível somente a partir da EX), ar-condicionado digital e bancos de veludo, entre outros. A EXL, além do câmbio automático no volante (opcional), vem de série com faróis de neblina, bancos de couro e acabamento mais sofisticado. Sem dúvida, conteúdo suficiente para, junto às evoluções do carro, agradar homens e mulheres em qualquer proporção.

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