sábado, 18 de abril de 2009

Teste: smart fortwo


A smart acaba de chegar ao Brasil com o fortwo. O City Car europeu desembarca aqui para nos conhecer, mas o carrinho descobre que andar nas nossas ruas (acho que ainda dá para chamar assim) é um inferno perto das ruas que ele roda na Europa. Mas vamos ao teste.

No Brasil, o fortwo começa a ser vendido em abril por duas concessionárias de São Paulo, com preço de R$ 57.900 na versão cupê e R$ 64.900 na conversível. Vem bem completo, inclusive com air bag duplo, ABS e controles de tração e estabilidade.


O smart não é uma compra racional, isso é fato. Pelo mesmo valor você pode ser dono, por exemplo, de um Ford Focus ou de um Honda Fit, maiores e mais potentes. Quem compra um smart aqui ou na Europa procura comodidade para rodar na cidade e exposição.
Convenhamos, não tem como não olhar para esse carro bicolor de apenas 2,69 metros, para duas pessoas. Ele rejeita padrões. A parte cinza da carroceria, que também pode ser preta, é feita com um material chamado de tridium, usado na estrutura da base da carroceria. Para as demais áreas há opção de até dez cores – do laranja ao amarelo. Exótico? Certeza. Bonito? Depende do freguês.
A audácia também está a bordo. O tecido que reveste as portas é o mesmo da parte superior e inferior do painel. Dê uma olhada novamente nas fotos. Repare como a sobriedade não orientou a escolha do material. O smart também inova no posicionamento de peças. A ignição, por exemplo, fica no console central, atrás do câmbio automatizado de cinco marchas. O conta-giros e o relógio analógico estão presos sobre o centro do painel, enquanto o tradicional porta-luvas foi trocado por uma caixinha pouco proveitosa embaixo do painel.
Não pense que as excentricidades terminam aí. Observe só o tamanho do CD player. Com 25 cm de largura, ele ocupa quase todo o centro do painel. Não sobrou espaço para o sistema que ajusta a temperatura do ar-condicionado. Solução? Posicioná-lo ao lado das saídas de ar. E como área é coisa rara no smart, decidiram ampliar a sensação de espaço interno com um teto solar que cobre toda a superfície. Ele, porém, não se abre.
Falando em abertura, a do porta-malas não é nada prática. Primeiro aperta-se o botão na tampa. O vidro traseiro se desprende. Depois é preciso destravar duas alavancas internas ao mesmo tempo. Assim a tampa se abre. Complicado, né? Agora pense na seguinte situação: você saindo do supermercado em um dia de chuva. Aliás, o smart não é o carro ideal para fazer a compra do mês. O bagageiro leva só 220 litros – 65 l a menos que o do Gol. Abaixo do ass

oalho do bagageiro esconde-se o motor, que está sob um revestimento térmico e uma camada de ferro presa por parafusos.

Visual e extravagâncias checados, vem o momento de dirigi-lo. Primeira tarefa é encontrar a posição ideal. De cara, estra
nho a posição alta dos bancos. Sem ajuste de profundida do volante, puxo o assento até achar a postura certa. Carro ligado, é hora de acelerar. Trago a avalanca da posição N para a D. O giro sobe rápido, junto com o ruído interno.
O fortwo traz m

otor 1.0 turbo de três cilindros, 84 cv e 12,2 kgfm. E é magro – pesa 770 kg. Traduzindo números por palavras: não tem preguiça ao sair. Abro sorriso que dura até a primeira troca de marcha. A felicidade foi interrompida pelo tranco avisando que a segunda marcha entrou em aç

ão. Automotizado, o câmbio da alemã ZF tem reações semelhantes às do Dualogic (Fiat) e Easytronic (Chevrolet). Ou seja, é bom de trancos e de queda de giro a cada troca de marcha. O corte do motor ocorre a 6.500 rpm.


Fonte: Auto Esporte




2 comentários:

  1. Creio que o articulista entrou no smart num dia não muito bom para ele. Estou trocando o meu, já com 75.000Km rodados por um zero. É o meu segundo carro. E de todos os carros que tive, foi o único que não larguei. Melhora muito a nossa qualidade de vida para uso urbano e pequenas viagens.

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  2. Puxa vida, fazendo uma pesquisa geral sobre o carrinho cheguei nesta matéria. Acho que das duas uma, ou o jornalista levou um fora da namorada, ou ele não entende nada de design, automóveis, nada...
    Não estou tirando o mérito dos Focus da vida, mas para se analisar um carro tem de ser imparcial e estudar sobre a história do veículo antes. O texto deixa claro que o jornalista caiu de paraquedas na hora de fazer a análise, e quis comparar um carro urbano, com uma proposta totalmente diferente.

    Me desculpem, mas esta análise está praticamente como um vegetariano vegan ferrenho analisando a qualidade da comida de uma churrascaria.

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